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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Número de brasileiros que limparam nome bate recorde, diz Serasa

Cerca de 16 milhões de consumidores renegociaram contas em atraso, um aumento de 16,3% na comparação com o mesmo período do ano passado

O número de brasileiros que procuraram os credores para pagar dívidas em atraso e limpar o nome bateu recorde de janeiro a outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pela Serasa Experian.
Cerca de 16 milhões de consumidores renegociaram contas em atraso, um aumento de 16,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o número de inadimplentes cresceu 9,5%, chegando a 21,5 milhões.
"O bom momento vivido pelo mercado de trabalho no país, com as taxas de desemprego em patamares baixos e ganhos salariais acima da inflação, está motivando as pessoas a quitar suas dívidas", avaliou o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro, em nota.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Pechincha com nostalgia


Espalhados pela cidade, sebos físicos fazem a alegria de universitários e colecionadores. Para os que não têm tempo ou paciência, versão virtual é a solução.
Os sebos (lojas que comercializam livros e revistas usados) são uma mão na roda para fãs de literatura e antiguidades. Além de oferecer produtos por um preço menor que os novos, ainda possibilitam encontrar títulos raros ou esgotados e, com sorte, até mesmo edições autografadas. Em Curitiba, há inúmeros sebos, especialmente no centro da cidade. Sejam pequenos e improvisados ou grandes e muito organizados, os locais atraem desde estudantes que pechincham títulos acadêmico até colecionadores atrás de raridades.
Mas garimpar livros em sebos físicos não é tarefa para qualquer um: há os desprovidos de paciência e também os que são impedidos pela rinite. Para esses casos, vários sites reúnem os acervos de sebos do Brasil inteiro e permitem a compra pela internet.

Precisa de um livro, não quer sair de casa para comprá-lo e ainda economizar? Há vários sites que reúnem os acervos de sebos de todo o Brasil. Confira:
www.estantevirtual.com.br: oferece mais de 10 milhões de títulos de livros usados e seminovos .
www.sebosonline.com : disponibiliza um amplo acervo de livros, revistas, gibis, CDs, DVDs, VHS e discos de vinil, dos raros aos novos.
www.livronauta.com.br: são mais de 3,5 milhões de livros de mais de 500 sebos do Brasil, além de CDs, DVDs e LPs.
www.sebol.com.br: sistema criado em 2001 para facilitar a troca, compra e venda de livros entre internautas. Tem cerca de 51 mil livros cadastrados.
www.livrosdificeis.com.br: especializado em buscar livros raros ou esgotados. O cliente solicita a busca por um determinado título, que é procurado em bibliotecas particulares, internet e leilões, sem custo adicional.
Antiguidades
Dona de sebo há 22 anos, Valeria Vargas Costa entrou no ramo por causa da paixão por coisas antigas: livros, fotografias, gravuras e LPs encantavam a ela e ao marido. “A gente sentia a falta de um sebo em Curitiba que não vendesse só livros, mas que tivesse uma loja do colecionador. Por isso montamos a Trovatore e o Fígaro”, conta.
Os dois sebos da família vendem diversos itens além dos livros – de cartões postais a porcelanas. As antiguidades são voltadas para os colecionadores. Já os livros – romances, acadêmicos ou técnicos – são oferecidos por preços menores que os novos, para atingir um público mais diversificado. “O livro tem de estar sempre vivo na estante das pessoas, e não morto em uma biblioteca que ninguém mexe”, defende Valeria.
Pelas prateleiras da Tro­­va­­tore e do Fígaro, já passaram algumas relíquias. Valeria e o marido costumam receber ligações de pessoas que querem fazer doações ou se desfazer de suas bibliotecas particulares. Com isso, já adquiriram obras de ilustres paranaenses, como o historiador David Carneiro, o escritor Valêncio Xavier e o crítico Temístocles Linhares, que tinha grande parte de sua coleção composta por primeiras edições autografadas pelos autores. “Nosso papel é de salvamento da memória, principalmente do Paraná. Adoro trabalhar em sebo: meus concorrentes são meus amigos e meus fregueses são amigos também”, resume.
Cuide bem
Quer que seus livros fiquem bem conservados por mais tempo? Aí vão algumas dicas:
- A poluição traz partículas de graxa que se depositam nos livros e penetram no papel. Uma dica é fazer uma higienização periódica nos livros, a cada dois meses. Use um pincel de cerdas largas para varrer os cortes do livro. Na encadernação, use uma flanela limpa e seca.
- Se aparecerem manchas de fungos em capas plastificadas, você pode limpá-las com uma solução de lisoforme diluído em um litro de água. Se a capa não é plastificada, use pó de borracha branca: friccione suavemente e limpe com pincel. Nas capas de couro, são recomendadas ceras apropriadas.
- Quando comprar livros em sebos, faça uma higienização página por página, para evitar trazer algum inseto para a sua coleção.
- Para transportar livros, pode-se usar sacos plásticos, mas não os deixe acondicionados nas embalagens por períodos longos.
- Se o livro molhou, não o coloque no sol ou no forninho! Use toalhas de papel absorvente entre as páginas. Depois de tirar o excesso, coloque o livro semiaberto em um local com muita ventilação. Isso vai evitar a formação de bolor.
- Use marcadores de página de papel. Evite clipes, elástico, papéis de doce e folhas ou pétalas. Isso pode danificar as páginas.
Fonte: Bety de Luna, especialista em conservação de bens culturais móveis e servidora da divisão de preservação da Biblioteca Pública do Paraná.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Desemprego provoca um terço dos casos de inadimplência

Em setembro, 33% das pessoas com contas em atraso declararam estar desempregadas. Maioria das dívidas está abaixo de R$ 500

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (19) pela Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), aponta que o desemprego é o principal causador de inadimplência no país, respondendo por um terço dos casos (33%) no mês de setembro. Já o descontrole financeiro foi responsável por 30% dos casos, ante 23% no mês anterior.
Considerando por faixa de renda, o desemprego é a causa mais preponderante nas faixas de renda familiar de até dez salários mínimos, enquanto nas faixas acima de dez salários mínimos o descontrole financeiro aparece como a principal causa (30%).
Metade dos inadimplentes declara possuir uma conta em atraso que causou a restrição, 27% declaram ter duas ou três contas e 23% dizem ter quatro contas ou mais.
A maioria (31%) das dívidas não pagas está abaixo de R$ 500 mas 18% possuem dívidas abertas acima de R$5.000,00, 18% entre R$ 500,01 e R$ 1.000,00 e 16% entre R$ 1.000,01 e R$ 2.000,00.
Meio de pagamento
Em setembro, 29% dos entrevistados declararam ter alguma restrição gerada por uma compra realizada com cartão de crédito, o principal gerador de inadimplência.
Em seguida aparecem carnê (24%), cheque (17%), empréstimo pessoal (13%), cheque especial (8%) e cartão de loja (8%).
Nas faixas de renda acima de dez salários mínimos, a aquisição de móveis, eletro e eletrônicos (17,8%) e a compra de vestuário e calçados (11,8%) lideram as causas de inadimplência.
Para a faixa de renda de até três salários mínimos a aquisição de móveis, eletro e eletrônicos (20,2%) e a compra de produtos ou serviços relacionados a alimentação (18,0%) são as líderes.
Perspectivas
Dentre os inadimplentes, 9% declaram que não terão condições de pagar suas contas em atraso.
Dos outros 91% dos consumidores que possuem restrição e esperam ter condições de pagar a dívida, 35% pretendem pagar à vista e 65% de maneira parcelada.
Destes que esperam negociar as parcelas, 68% pretendem pagar dentro dos próximos 30 dias, 26% pretende pagar entre 30 e 90 dias, 4% espera saldar o débito entre 90 e 180 dias e 2% negociaram prazos superiores a 180 dias.
Quanto à parcela da renda comprometida com dívidas, 24% declaram que mais da metade da renda familiar mensal está comprometida com o pagamento de dívidas. Esse número era de 27% em junho de 2012.
Metodologia
A pesquisa sobre o perfil do inadimplente é realizada pela Boa Vista Serviços, administradora do SCPC, junto a consumidores procuram o serviço de proteção ao crédito.
Para traçar esse perfil, a companhia constata as causas da inadimplência, as formas de pagamento utilizadas, a intenção de pagamento e o nível de endividamento em cada caso. A pesquisa ouviu cerca de 1.110 consumidores em setembro.

Cheque Sem Fundo como sair do CCF


O que é um cheque? cheque sem fundo Cheque Sem Fundo como sair do CCF

O cheque é um título de crédito e também uma ordem de pagamento à vista.
É considerado um título de crédito, pois quem o recebe pode protestar ou executar em juízo caso haja alguma irregularidade na compensação deste cheque.
O cheque é uma ordem de pagamento à vista por que no momento da sua apresentação ao banco deve ser pago. O valor máximo que se pode receber é de R$5.000,00 (cinco mil reais), valores acima deste devem ser comunicado ao banco antes da sua compensação.
O cheque envolve três agentes:
1. O emitente: aquele que emite o cheque;
2. O beneficiário: aquele que recebe o cheque emitido;
3. O sacado: é o banco onde será compensado o cheque.

O que é um cheque sem fundo?

Um cheque sem fundo é o cheque que, após a sua apresentação ao banco sacado, verifica-se que não tem fundos (recursos, dinheiro) para a compensação. Este cheque é devolvido ao beneficiário, que pode apresentá-lo só mais uma vez.
Toda vez que um cheque é devolvido, registra-se em seu verso uma declaração datada com o motivo de sua devolução. Caso este cheque tenha sido apresentado no caixa, o registro deve ser feito com anuência do beneficiário.

Apresentação do cheque pela segunda vez

Até o momento em que o cheque é apresentado e devolvido pela primeira vez, o emitente do cheque pode resolver a situação assegurando que os recursos em sua conta sejam suficientes para compensar o cheque.
Outra alternativa é sustar o cheque, o que é uma péssima idéia, pois não impede o beneficiário de protestá-lo, pois o cheque é um título de crédito.
Se não houver uma ação do emitente para resolver esta situação e o cheque ser apresentado pela segunda vez, o mesmo será devolvido novamente por falta de fundos e o emitente será incluso no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) do Banco Central. Neste caso o banco sacado é obrigado a notificar o emitente que seu nome está sendo incluso no CCF.

Conseqüências da inclusão do nome no CCF

Com o nome do emitente registrado no CCF, fica proibido o recebimento de um novo talonário de cheque.  Além disso, fica ainda a critério do banco encerrar sua conta.
O beneficiário pode recorrer à justiça para pagamento da dívida, bem como pode protestar o cheque, que é um título de crédito, piorando ainda mais a situação do emitente do cheque, que além de ter seu nome incluso no CCF, poderá também ter seu nome sujo junto ao Serasa e SPC.
Nota: Desde Dezembro de 2006 o Banco Central determinou que apenas o titular emitente do cheque é que deveria ter seu nome incluso nos cadastros do CCF. A normatização anterior previa que todos os titulares da conta “conjunta” deviam ter seus nomes inclusos no CCF.
Em resumo, com o nome sujo no CCF você:
• Ficará sem talões de cheques;
• Poderá ter sua conta encerrada pelo banco;
• Poderá ser protestado e ter seu nome sujo no Serasa e SPC;
Como limpar seu nome e sair do CCF

Os únicos caminhos para limpar seu nome e sair do CCF são:

1) Expirar o prazo de 5 anos
Conforme o Código de Defesa do Consumidor, artigo 43, parágrafo 3, seu nome deve ser removido dos cadastros do CCF, ou de outro cadastro equivalente como a Serasa e SPC, transcorridos 5 anos.
2) Pagamento (quitação) do cheque sem fundo
A exclusão do emitente nos cadastros da CCF só será atendida mediante a apresentação de algum dos seguintes documentos que prove a quitação do cheque:
A. Cheque que deu origem à inclusão no CCF
Com o cheque em mãos a CCF entenderá que o cheque foi pago e que não existe mais dívida. Seu nome, portanto poderá ser excluído do CCF.
B. Extrato da conta que comprove o débito do cheque sem fundo
C. Declaração de quitação emitida pelo beneficiário
A apresentação da declaração de quitação deverá estar autenticada em tabelião e acompanhada de uma cópia do cheque que originou a ocorrência na CCF. Além de uma certidão negativa do cartório de protesto.
Uma vez provado a quitação do cheque, a CCF tem até 5 dias úteis para excluir seu nome de seus registros. Ao pedir a exclusão, o emitente deve solicitar ao banco o “recibo da carta de solicitação”, guardando-o até a conclusão do processo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Juros do cartão de crédito caem ao menor nível em 17 anos, aponta Anefac


Trata-se do menor nível já apurado desde o início da pesquisa, em 1995
As taxas de juros do cartão de crédito caíram ao menor nível em 17 anos em meio à pressão dos bancos públicos para expandir à linha o movimento de redução dos juros deflagrado no início do ano.
De acordo com levantamento mensal da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), a taxa teve uma redução de quase 10% em outubro (1,04 ponto percentual) na comparação com setembro, para 9,37% ao mês.
Trata-se do menor nível já apurado desde o início da pesquisa, em 1995.
A queda na linha começou a aparecer no mês anterior, quando houve a primeira alteração depois de 33 meses de estabilidade na taxa na esteira da entrada em vigência de parte das iniciativas voltadas especificamente para o cartão de crédito.
A taxa apurada em outubro marca uma nova realidade para o custo das principais modalidades de crédito ao consumidor no país. O cartão de crédito era a única das seis linhas pesquisadas pela entidade com juros acima de 10%. Todas estão abaixo deste nível agora.
A taxa média para pessoas físicas recuou pelo oitavo mês seguida em outubro, para 5,5%, nova mínima da série.
Houve redução nas seis modalidades pesquisadas para pessoa física e todas estão no menor patamar já apurado no levantamento. A exceção é o cheque especial, com o nível mais baixo desde fevereiro.