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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Condutas sustentáveis: é preciso aprender e colocá-las em prática


Segundo o Instituto Akatu,“estima-se que o mundo consuma 20% a mais em 
recursos naturais do que a Terra consegue renovar. Em 40 anos, o gasto 
mundial com compras de produtos e serviços domésticos passará de 5
 trilhões de dólares anuais para 20 trilhões de dólares. Nesse ritmo, serão
 necessários insumos de quatro planetas para suprir o consumo da 
humanidade nos padrões dos países de Primeiro Mundo”.
O consumismo faz mal não só para sua conta bancária, mas também para o planeta! Já parou para pensar sobre isso? Sustentabilidade é assunto importante e bastante discutido por instituições sérias. Ouvimos, concordamos e chegamos a ficar preocupados por uns momentos, mas será que em nosso cotidiano levamos uma vida sustentável?
Infelizmente, acho que estamos longe do ideal – e eu me coloco na fatia da população que precisa aprender mais sobre as condutas sustentáveis. Então, por onde começar? Como de costume, pela reflexão…
Verifique abaixo algumas atitudes sustentáveis extraídas do site Akatu e faça uma análise de como você lida diariamente com essas questões:
·         Tome banho mais rápido;
·         Não deixe a torneira aberta ou pingando enquanto escova os dentes;
·         Programe sempre as compras de alimentos;
·         Varie seu cardápio de frutas e legumes, isso estimula a diversificação de cultivos agrícolas gerando mais renda ao produtor além de melhorar o solo. Sua saúde também agradece a variedade de nutrientes ingeridos;
·         Faça de sua festa uma comemoração sustentável. Para isso planeje! Segundo o Instituto, cada evento provoca um impacto ambiental extraordinário, com enorme consumo de água, energia e recursos naturais;
·         Atenção ao consumo sem necessidade. Vale os 3Rs: reduza, reutilize e recicle;
·         Não compre produtos piratas;
·         Dê atenção às moedas;
·         Pare de fumar;
·         Incentive pessoas a pararem de fumar;
·         Não deixe os aparelhos em stand by;
·         Desligue seu computador quando não estiver usando;
·         Ande de bicicleta;
·         Não jogue óleo na pia;
·         Reutilize a água da máquina de lavar para limpar o quintal e a calçada;
·         Use sacolas retornáveis;
·         Separe seu lixo.

Mudança de hábito requer paciência e disciplina. 
Comece pelas atitudes mais simples e vá adotando outras práticas pouco a pouco. Ensine seus filhos a cuidarem do planeta através das sugestões acima, mas através do seu exemplo. Utilize os momentos de compra para ensiná-los sobre o consumo consciente como forma de gerar saúde financeira e ambiental.
Para construir um futuro mais sustentável é necessário que cada um de nós faça sua parte. O desafio para o país é grande, requer sérias decisões políticas e muita boa vontade por parte dos empresários. Quando a maioria da população adotar práticas mais conscientes, veremos uma mudança de comportamento iniciada na base e tendo desdobramentos na política como um todo. Afinal, vivemos em uma democracia.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais da metade dos brasileiros está na classe média


Pesquisa classifica como classe média quem vive em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre
20/09/2012 | 13:26 | AGÊNCIA BRASIL

Mais da metade da população brasileira (53%) faz parte da classe média, o que significa um total de 104 milhões de brasileiros. Nos últimos dez anos, foram 35 milhões os brasileiros incluídos na classe média. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, no estudo Vozes da Classe Média.
A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo.
De acordo com o estudo, a expansão desse segmento resultou de um processo de crescimento do país combinado com redução na desigualdade. A estimativa é que, mantidas a taxa de crescimento e a tendência de queda nas desigualdades dos últimos dez anos, a classe média chegue a 57% da população brasileira em 2022.
Os dados indicam que a redução da classe baixa foi mais intensa do que a expansão da classe alta. De 2002 a 2012 ascenderam da classe baixa para a média, 21% da população brasileira, enquanto da classe média para a alta ascenderam 6%.
O ministro da SAE, Moreira Franco, destacou o importância do crescimento da classe média para movimentar e impulsionar a economia do país, pois essa fatia da população responde por 38% da renda e do consumo das famílias. “Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada de salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”, disse Franco.
O crescimento da renda da classe média tem sido maior do que o do restante da população, de acordo com os dados apresentados no estudo. Enquanto na última década a renda média desse segmento cresceu 3,5% ao ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, no mesmo período, 2,4% ao ano.
“A classe média brasileira vai movimentar em 2012 cerca de R$ 1 trilhão”, estimou Renato Meirelles, do instituto de pesquisa Data Popular, que participou da elaboração do estudo.
O estudo usa como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Data Popular.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Greve nos bancos vai se estender até a semana que vem, diz sindicato


"A possibilidade de a greve acabar nesta semana é nenhuma", diz Carlos Cordeiro, coordenador do comando de greve
19/09/2012 | 16:58 | FOLHAPRESS

Diante do silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em relação à greve dos bancários, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do comando nacional dos bancários, Carlos Cordeiro, diz que a paralisação vai se estender até a próxima semana. "A possibilidade de a greve acabar nesta semana é nenhuma", diz Cordeiro. "Mesmo que a Fenaban nos convocasse hoje (quarta) para uma negociação, teríamos de chamar o comando nacional. Como eles não convocaram, a greve vai continuar até sexta-feira".
O coordenador do comando da greve diz que, a cada dia que a entidade dos bancos não se pronuncia, a greve se estende. "Se amanhã eles não nos chamarem para a negociação novamente, a greve se estende para segunda e assim por diante. Imagino que essa greve vai entrar pela semana que vem com a imobilidade da Fenaban".
Segundo Cordeiro, embora a Contraf-CUT não tenha fechado o balanço da paralisação em todo o país nesta quarta-feira (19), a greve cresceu em relação a terça e tem mobilizado mais pessoas que em 2011, quando durou 21 dias. "[2012] Aponta para uma greve longa como no ano passado. Pode durar mais de 21 dias se perdurar a posição intransigente da Fenaban."
Levantamento do sindicato dos bancários divulgado ontem disse que a greve fechou 5.132 agências e centros administrativos dos bancos neste ano, contra 4.191 no ano passado.
Reivindicações
A categoria decidiu fazer uma greve por tempo indeterminado para pedir 10,25% (5% acima da inflação) de reajuste, entre outras reivindicações. Os bancos ofereceram só 6% (0,58% acima da inflação). As negociações estão interrompidas e não há previsão de retomada, segundo os trabalhadores e os bancos.
De acordo com os bancários, a paralisação começou mais forte neste ano do que no ano passado, quando 4.191 agências foram fechadas no primeiro dia de greve. A greve no ano passado durou 21 dias e o bancários acabaram aceitando reajuste de 9% (1,5% acima da inflação). Foi a maior paralisação desde 2004.
Em São Paulo, cerca de 20 mil bancários cruzaram os braços, segundo o sindicato dos bancário de São Paulo e Osasco --14,45% do total de 138 mil trabalhadores da região. "Fomos muito bem no primeiro dia de greve. Amanhã vamos estender o movimento a outras regiões", disse Juvandia Moreira Leita, presidente do Sindicatos dos Bancários de São Paulo.
Outro lado
"Estamos abertos para retomar as negociações, mas não oferecemos 6% para chegar a 10%. Queremos fechar um acordo que esteja de acordo com a realidade atual", disse Magnus Apostólico, diretor da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).
Com a paralisação, a Febraban orienta os clientes a procurar um canal alternativo para realizar os serviços durante o período de greve.
Segundo a entidade, o consumidor deve ver se há a disponibilidade de fazer as operações por meio de caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking (banco no celular), telefone e correspondentes bancários --casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Saques
Caso o cliente queira fazer saques acima de R$ 1.000 - o máximo permitido por dia em caixas eletrônicos -, poderá fazer transferências por meio de DOC (o documento de crédito) ou TED (transferência eletrônica disponível) nas próprias máquinas, pela internet, pelo telefone e até mesmo no aplicativo do banco pelo celular.
Por meio dessas operações, é possível realizar transferências envolvendo dois bancos distintos.
Segundo o Procon-SP, nesses casos pode haver ainda atendimento emergencial nas agências ou o banco pode aumentar o limite de saque nos próprios caixas eletrônicos.
Se o cliente tiver algum prejuízo em virtude de não conseguir sacar o valor que precisa, poderá acionar o banco posteriormente, já que a entidade é a responsável pelos danos causados em função da interrupção dos serviços.
Caso o consumidor solicite uma alternativa de pagamento e as empresas não a disponibilizem, ele deve documentar a tentativa frustrada de quitar o débito, podendo registrar uma reclamação junto ao Procon.
De acordo com a entidade, o consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve, uma vez que a responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode, a pretexto de greve, ser repassado ao consumidor.
PIS, FGTS e seguro-desemprego
A Caixa Econômica Federal diz que disponibilizará toda a sua rede de agências, casas lotéricas, postos de atendimento bancário, terminais de atendimento eletrônico e correspondentes bancários para garantir o atendimento durante a greve.
No caso de saque de seguro-desemprego, PIS e FGTS, o trabalhador poderá fazer as operações em um casa lotérica ou em um correspondente bancário.
Em caso de novos pedidos, a trabalhador terá que procurar uma agência aberta ou, caso não encontre, deverá entrar em contato com a Caixa para buscar uma forma alternativa.
Atendimento nas lotéricas

O atendimento nas lotéricas é feito das 8h às 18h, exceto nas localizadas em estabelecimentos como shoppings e supermercados, que costumam ficar abertas até as 19h ou até o horário estipulado pelo regulamento interno dos locais.
Boletos bancários da Caixa Econômica Federal podem ser pagos em qualquer dia do mês. Já as contas emitidas por outros bancos só são aceitas pelos atendentes das lotéricas se estiverem dentro do prazo de vencimento e se não ultrapassarem valores maiores do que R$ 700.

sábado, 15 de setembro de 2012

Caixa anuncia programa que permite adiar prestação por um mês

Cliente pode "pular" pagamento de prestação mensal, retomando a quitação no mês seguinte, sem encargos. Caixa estima que sete milhões de clientes possam ser beneficiados

Caixa Econômica Federal lança, na segunda-feira (17), a campanha “Crédito com Pausa”, que permite ao cliente “pular” o pagamento de uma prestação mensal, retomando o pagamento no mês seguinte, sem multas ou encargos. O objetivo da iniciativa é facilitar a reorganização financeira de famílias e empresas com dificuldades financeiras momentâneas.
Segundo a caixa, a prestação que deixou de ser paga por meio do programa permanecerá no saldo remanescente da dívida e, em consequência disso, haverá o acréscimo de um mês no prazo da operação. O cliente pode “pular” uma prestação a cada 12 meses.
Todas as linhas de crédito com o selo “Tem Pausa” farão parte da campanha, que engloba produtos como crédito pessoal, CDC, capital de giro, financiamento de veículos e crédito habitacional. Para aderir, o cliente precisa estar adimplente e ter pago pelo menos três prestações consecutivas em operações comerciais e 11 prestações em contratos habitacionais.
A caixa estima que cerca de sete milhões de clientes podem ser beneficiados pela campanha: 5,4 milhões de pessoas que fizeram empréstimos comerciais e 1,6 milhão em clientes de créditos habitacionais.
Em nota, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, destaca o caráter social da iniciativa, que, segundo ele, contribui para o crescimento sustentado do crédito no país. “No contexto da reeducação financeira e reorganização financeira das famílias, o ‘Crédito com Pausa’ é um respiro, um fôlego que, em momentos de imprevistos, pode ser um enorme diferencial para equilibrar o orçamento familiar ou da empresa”, disse.
A campanha terá duração de 24 meses. A partir da próxima segunda-feira (17), os clientes interessados poderão procurar as agências da CAIXA ou o Telesserviço, pelo número (0800 726 0222). No caso das empresas, a solicitação deverá ser feita somente nas agências. 

Fonte: Gazeta do Povo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

10 Dúvidas comuns sobre empréstimos bancários


1. O que é empréstimo bancário?
É um tipo de contrato entre um cliente (você) e a instituição financeira (o Banco) pelo qual o cliente recebe uma quantidade de dinehiro que deve ser devolvida para o Banco no prazo acordado, adiconando os juros acertados. Neste tipo de operação não existe um destino específico para os fundos emprestados.
2. O que é financiamento?
É outro tipo de contrato entre uma instituição financeira e o cliente, mas, neste caso, há sim uma destinação específica (por exemplo, a compra de um carro ou casa).
3. O banco tem a obrigação de outorgar empréstimo bancário ou financiamentos?
Não, já que cada instituição financeira estabelece as normas para concessão ou não dos mesmos.
4. Pode-se quitar de maneira antecipada empréstimos e financiamentos?
Sim, o Conselho Monetário Nacional garante o direito à liquidar antecipadamente, com a devida redução de juros, qualquer empréstimo bancário ou financiamento. Pode ser pago com recursos próprios ou com transferência feita por outro banco qualquer operação de crédito ou de arrendamento mercantil contratadas com cooperativas de crédito, bancos ou outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central (exceto as administradoras de consórcios).
5. É vantajoso quitar uma dívida com recursos que serão transferidos de outra instituição?
Tem que verificar quais são as condições do novo contrato, inlcuindo tipo e número de prestações, juros, tarifas, etc. para o empréstimo.
6. Existe limite para as taxas de juros aplicadas?
Não. As taxas de juros dependem do mercado e variam de instituição para instituição.
7. O que significa Custo Efetivo Total (CET)?
CET, o Custo Efetivo Total, é o custo total de uma operação de empréstimo (como ser um empréstimo bancário) ou de financiamento. o CET se expressa como taxa percentual anual, já incluidos todos os encargos e despesas das operações.
8. Pode-se saber o valor do saldo devedor para liquidação antecipada?
A instituição que originalmente realizou a operação de crédito tem a obrigação de informar ao cliente qual é o valor do saldo para quitação antecipada, possibilitando também a conferência da evolução da dívida do seu empréstimo bancário.
9. Está correto que me cobrem tarifas para a transferência de operações de crédito de uma instituição para outra?
Não. Dita prática é vedada.
10. Podem me cobrar tarifas pela liquidação antecipada?
Se o contrato é anterior ao 10 de dezembro de 2007 e dita situação foi contemplada no contrato, existe a possibilidade que sim possa ser cobrada uma tarifa. Para datas posteriores, não é permitida dita cobrança.
Fonte: Ministério da Fazenda e Banco Central do Brasil

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pagamento de dívidas???

Paguei minha dívida. Meu nome é retirado automaticamente da lista de inadimplentes? 

A partir do momento que você pagou sua dívida no banco, na loja etc, ele (a) tem a obrigação de comunicar ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e/ou) à Serasa que você não é mais devedor e seu nome deve ser retirado da lista de devedores. O prazo máximo para que isto aconteça é de cinco dias. Entretanto, para ter certeza se essa providência foi adotada, após o pagamento da dívida, você pode informar-se no posto do SPC ou da Serasa mais próximo de sua casa, sem pagar nada por isso.
Em outras palavras, a entidade deve limpar seu nome assim que for comunicada de que você pagou o que devia. Por precaução, ao quitar sua dívida, é recomendável pedir que a solicitação da baixa na Serasa ou no SPC seja mencionada no recibo que comprova que a dívida foi liquidada.


Paguei minha dívida, mas meu nome continua sujo. O que eu faço?

Você quitou sua dívida, mas o seu nome continua no cadastro do SPC ou da Serasa, então verifique quem não cumpriu sua parte na obrigação de limpar o seu nome, para que você possa exigir as devidas providências. Para isso, entre em contato com o banco ou estabelecimento em que você quitou a dívida e certifique-se se eles notificaram a entidade em que seu nome está cadastrado (SPC ou Serasa). Se esta notificação foi feita, a partir daí cabe ao SPC e/ou à Serasa limpar seu nome. 
Assim, se você quitou uma dívida que tinha em um banco, por exemplo, e este ainda não comunicou à Serasa, você deve enviar ao banco uma carta protocolada estipulando um prazo de uma semana para que ele faça isso. Mas se o banco já notificou a entidade, então envie a carta protocolada com o mesmo prazo à entidade em questão. Se o seu nome não for retirado do cadastro de devedores, você pode entrar com uma ação por danos morais contra o responsável.

Parcelei minha dívida, meu nome é retirado do SPC assim que é feito o acordo ou só após o pagamento de todas as parcelas?

Essa decisão fica por conta do credor. Se ele quiser tirar seu nome no SPC ou da Serasa assim que vocês fizerem o acordo de parcelamento da dívida nada o impede. No entanto, ele tem a obrigação de fazer isso quando você terminar o pagamento. Afinal a dívida só será considerada quitada após o pagamento de todas as parcelas.

Aos 22 anos, CDC ainda é pouco usado



Pesquisa da FGV mostra que brasileiros conhecem o Código de Defesa do Consumidor, mas não costumam usá-lo por motivos como vergonha

O Código de Defesa do Con­sumidor, que completou 22 anos de vigência na última semana, é conhecido por mais de 70% dos brasileiros, mas isso ainda não se refletiu na busca plena pela concretização desses direitos. De acordo com a pesquisa O Brasileiro e o Código de Defesa do Consumidor, realizada pela Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito Rio), seis em cada dez consumidores deixam de reclamar nos órgãos de defesa quando enfrentam problemas de consumo ou não ficam satisfeitos com um produto ou serviço adquirido.
Entre os motivos apontados para não reclamar, 37% dos consumidores avaliam que “não compensa”, 31% dizem que “demora muito” e 8% dizem que “sentem vergonha” em reclamar. O nível de consciência também está relacionado aos índices de renda e de escolaridade dos consumidores. Os consumidores de baixa renda que declaram nunca reclamar é de 36%, pouco mais que o dobro dos de alta renda (17%).
Para o coordenador da pesquisa e professor de Direito do Consumidor na FGV Ricardo Morishita, o resultado indica que o consumidor avalia a dificuldade de acesso aos órgãos de defesa e o valor do produto ou do dano sofrido. “A vida nas cidades tem feito com que o tempo seja um recurso cada vez mais escasso. O consumidor sabe que foi lesado, mas pesa o tempo e o valor e calcula o custo-benefício para ver se vale a pena ou não registrar uma reclamação. Muitas vezes, o consumidor acaba optando simplesmente por guardar a insatisfação”, avalia.
Segundo ele, nesses 22 anos o CDC introjetou a noção do direito na relação de consumo. “Nós achamos isso realmente notável. Claro que gostaríamos de estar em outro patamar, mas esse avanço foi muito importante para a sociedade brasileira”.

Empresas

O levantamento também aponta o impacto do CDC para quem está do outro lado do balcão. A pesquisa ouviu os responsáveis pelo departamento de atendimento ao consumidor de 100 empresas listadas dentre as 1 mil “Maiores e melhores empresas do Brasil”.
Para 91% das empresas, o CDC é classificado como bom ou muito bom. Mas, questionados sobre as conseqüências da aplicação do código para a situação financeira da empresa, quase a metade dos entrevistados (45%) apontou como um custo e apenas 23% disse que representava lucros.
Na avaliação dos índices das reclamações de hoje com o de cinco anos atrás, 65% das empresas consideram que houve melhoria na qualidade de produtos e serviços. As empresas também apontam a contribuição do código para um atendimento mais eficaz, no aprendizado com as reclamações passadas e na melhoria de treinamento e tecnologia das empresas.
Para a coordenadora da pesquisa e coordenadora do Núcleo de Pesquisa do Centro de Justiça e Sociedade da FGV, Fabiana Luci, ainda há espaço para as empresas melhorarem nesse quesito. “Pouco mais da metade das empresas promoveu algum treinamento relacionado ao atendimento dos consumidores junto aos seus funcionários nos últimos 12 meses, sendo que apenas 13% focaram na melhoria do atendimento telefônico e 6% em treinamentos específicos ao CDC”, aponta.
A pesquisa mostra que focar na melhoria dos produtos e serviços diminui a probabilidade do surgimento de problemas. “Mas é preciso também focar em melhorias no atendimento uma vez que algum problema venha a ocorrer. E para isso o treinamento da equipe é fundamental”, ressalta.

Fonte: FGV Direito Rio.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dívidas acumuladas: o que fazer?



Muita gente se pergunta como proceder para começar a organizar a vida financeira e, por vezes, desanima quando lembra das dívidas que ficaram para trás, com valores cada vez mais altos e que parecem ser impagáveis. Como este obstáculo tem sido o problema, mas comum, de quem quer mudar a condição financeira, apresentamos um passo a passo de negociação dos valores devedores. 

- Não importa quanto seja o valor das dívidas acumuladas, é sempre possível buscar uma redução com o credor, desde que seja feita uma proposta confiável e passível de ser concretizada. A Reabilite Reabilitação de Crédito realiza este “elo”, o canal de contato com o credor, procurando realizar um acordo que se encaixe nas suas possibilidades reais de pagamento. Como exemplo, se o valor da sua dívida é de mil reais, propomos algo que caiba no seu orçamento com viabilidade: uma entrada de R$ 100 (10% do valor) e 18 parcelas de R$ 50 com data certa para pagamento, que deve ser obedecida tanto para dar credibilidade a negociação quanto para auxiliar na autodisciplina, fundamental para quem quer ter prosperidade financeira.

- Não deixe o tempo passar ou a vergonha prevalecer: procure nossa empresa, entre em contato conosco, o quanto antes e deixe claro seu interesse em quitar a dívida. Há pessoas que fazem a proposta para negociação e começam a postergar o "momento de decisão", sempre estamos à disposição para eventuais questionamentos. Lembre-se que, mesmo com as dívidas, você é digno de respeito e fará o mesmo com seu credor. Qualquer tentativa de intimidação por qualquer uma das partes envolvidas é passível de processo civil.

- Analise formas de fazer um dinheiro extra para a quitação das dívidas, mas deixe de lado a idéia de pegar empréstimo para pagar os volumes atrasados, para que o novo empréstimo não seja mais um a integrar o montante das dívidas... mas há uma exceção: quando é possível conseguir uma linha de empréstimo com juros bem mais baixos e assim consolidar a dívida. Isso é viável quando são pagos atrasados de cartão de crédito, cheque especial e outros pagamentos em dívida que sofrem juros e taxas de mora altos. Calcule quanto será necessário e busque o empréstimo mais barato e use o dinheiro única e exclusivamente para este fim, lembrando que dali por diante o novo empréstimo deverá ser priorizado o pagamento para evitar novo descontrole.

- Lembre que é preciso poupar sempre, mesmo quando há dívidas presentes. Ao receber dinheiro, tire para guardar 5% do valor, pois se você deixar para poupar somente quando puder, dificilmente isso acontecerá. É comum ouvir pessoas dizendo que irão poupar "quando o dinheiro sobrar", o que não irá acontecer, pois dinheiro não sobra...

- E por fim, pense que a negociação de sua dívida é algo que interessa principalmente a você, mas se reflete em toda a sociedade, pois é uma iniciativa ética, responsável e que reforça para você mesmo o seu potencial pessoal de cumprimento de seus compromissos e objetivos. Será um grande prazer e satisfação a Reabilite Reabilitação de Crédito ajudar na solução de seus problemas financeiros e no seu aprendizado pessoal, financeiro, e de cidadania.